Arquidiocese de
Vitória da Conquista

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Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Itapetinga, recebe a Relíquia da Beata Savina Petrilli

Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Itapetinga, recebe a Relíquia da Beata Savina Petrilli

Testde de legenda

No início deste ano de 2024, dia 04 de março, a Comunidade Savina Petrilli da Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Itapetinga – BA, acolheu a visita da Superiora Geral da Congregação das Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena, residente em Roma-Itália, Madre Liliana Quesado Dorado. Na ocasião, a Madre Superiora estava acompanhada da Irmã Cosmira, provincial na Congregação em Recife – PE.

Elas estavam acompanhadas pelas Irmãs do Colégio Savina Petrilli de Itapetinga e do Padre Nilson Laurêncio dos Santos, Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças. Foi uma tarde alegre com relatos sobre a história da comunidade por parte de dona Josefa de Lourdes, uma das fundadoras e de outras pessoas. Nesse dia, a Madre Liliana prometeu enviar à Paróquia Nossa Senhora das Graças e à comunidade Savina, uma relíquia de primeiro grau da Beata Savina Petrilli.

No terceiro domingo desse mês de agosto, dia 18, dedicado a oração pelas vocações à Vida Consagrada, os fieis da Paróquia foram agraciados pela chegada da Relíquia de primeiro grau da Beata Savina Petrilli. Foi celebrada na Igreja Matriz a Santa Missa presidida pelo Pároco e concelebrada pelo Pe. Ariosvaldo de Jesus Aragão, Pároco da Paróquia São José, e pelo Pe. Leandro Nascimento de Oliveira, filho de Itapetinga e presbítero da Diocese de Barreiras. A Celebração Eucarística teve a expressiva participação das Irmãs dos Pobres e paroquianos das Paróquias Nossa Senhora das Graças e São José. Após a Missa, houve a procissão com a relíquia e a imagem da Beata Savina até a Capela dedicada a ela.

 

 

Conheça um pouco da história desta Beata, em processo de canonização pela Igreja

Savina viveu na segunda metade do século XIX e os primeiros vinte anos do século XX (1851-1923). Em seu caminho, encontrou-se com diferentes formas de pobreza e buscou dar uma resposta concreta: a ternura de seu coração materno.

Pouca cultura e poucos meios, mas grande inteligência, fé sólida, admirável abertura de espírito e vontade firme, sentido social extraordinário, grande coração e pedagogia evangélica precoce, permitiram que Savina em seus vinte e poucos anos realizasse um trabalho eficaz e imponente, de tal forma que possibilitasse encaixar-se no coração da sociedade e da Igreja.

Era 29 de agosto de 1851 quando Savina Maria Assunta nasceu, em Fontebranda. Segunda filha de Celso Petrilli e Matilde Vetturini, com uma família muito unida e numerosa: quatro irmãos e quatro irmãs. Núcleo familiar rico em valores saudáveis.

Savina é pobre em saúde, as diferentes enfermidades levam-na às portas da morte. Certa vez, todos acreditavam que estivesse morta, tanto que permaneceu coberta por um lençol durante seis horas seguidas. Por causa dessas péssimas condições de saúde, decidiu-se crismar a criança com apenas um ano de idade. Monsenhor Mancini, arcebispo de Siena, marcou a pequena com o sagrado óleo do Crisma em 2 de setembro de 1852.

As condições econômicas dos Petrilli eram modestas. Seu pai trabalhava como vendedor com Pietro Bacci, um comerciante de couro. Savina frequentou até a terceira série na Escola das Filhas da Caridade, próximo da Igreja de São Jerônimo.

Filha obediente da Igreja, obteve do Bispo, Monsenhor Bindi, a quem havia apresentado seu desejo de formar uma Congregação, o consentimento para reunir-se com quatro companheiras, na casa paterna, e começar esta Família. Era 7 de dezembro de 1873. E em 1874, em 7 de setembro, a pequena Família mudou-se para a Via Baroncelli, que sob a sábia e iluminada orientação de Savina cresceu e expandiu seus ramos na Itália e no mundo.

Escreveu aos Papas, Reis, homens de poder e cultura, e espalhou suas ideias. Mulher do seu tempo, sensível às necessidades dos outros, desenvolveu na Congregação um novo conceito de caridade: educação e assistência de mãos dadas com a promoção humana.

Savina empenha-se também na formação de suas Irmãs. Quer que elas sejam mulheres consagradas autênticas e preparadas profissionalmente de acordo com as possibilidades. Aberta e perspicaz a propostas ousadas, graças a uma vida espiritual apoiada em virtude sólida, tem grande lucidez, não confunde humildade com mesquinhez ou desenvoltura com orgulho.

Ela deixou esta terra para viver na Eternidade com o amado Esposo em 18 de abril de 1923. Com 72 anos, Madre Savina voltou à casa do Pai, oferecendo-se serenamente a Jesus sacerdote e vítima, no altar da dor, deixando-nos um exemplo luminoso de mulher sábia, contemplativa-operante, um estilo de vida simples, vivido à luz da fé e da obediência. Foi beatificada por São João Paulo II na Basílica de São Pedro, em Roma, no dia 24 de abril de 1988.

Savina sentia-se profundamente amada por Jesus, tanto que acolhe como seu o sonho de anunciar o Reino de Deus em todo o mundo. Com o mesmo ardor de Catarina de Sena, dedicou-se, especialmente, aos pobres para ajudá-los, amando-os sem medida e sem recompensa.

“Tudo é pouco por Jesus” é o lema de Madre Savina. O amor por Jesus a conduz rumo a horizontes sem limites.

Conheça a história das irmãs dos pobres na em Itapetinga e Conquista

Em Itapetinga, as Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena, fieis à obra de evangelização e de promoção humana, mantêm um colégio onde atuam pela excelência nos serviços prestados e na formação baseada em valores cristãos. O Colégio Madre Savina Petrilli foi fundado no dia 29 de abril de 1958 em Itapetinga-BA, assumindo o compromisso de educar os filhos das famílias desta cidade. É um renomado Colégio de tradição pela responsabilidade em educar as crianças, adolescentes e jovens da Educação Infantil ao Ensino Médio. Já são 61 anos de trabalho e dedicação das Irmãs seguindo os princípios de sua Fundadora, Madre Savina Petrilli.

Em 1956, em Vitória da Conquista, um grupo de Irmãs da Congregação das Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena, angustiadas frente à realidade de extrema pobreza, que já era evidente frente aos problemas sociais da cidade, deram início à construção do Lar Santa Catarina de Sena. No início, o Lar era um orfanato apenas para meninas, com o passar dos anos elas sentiram a necessidade de expandir esses horizontes para beneficiar mais pessoas. Assim, em 29 de abril de 1962, novas janelas foram abertas para minimizar as dores físicas, emocionais, de relacionamento e econômicas de inúmeras crianças e suas famílias. As múltiplas parcerias estabelecidas pelo Lar Santa Catarina de Sena têm proporcionado a prática de um novo conceito de filantropia, em que educandos na faixa de 4 a 14 anos, em regime de semi-abrigo, recebem alimentação, vestuário e higiene, serviço de saúde, educação formal e cristã. Participam de atividades socioeducativas em Salas Ambientes e Acompanhamento Psicológico, Letramento, Brinquedoteca, Matemática, Xadrez, Leitura, Escrita, Música, Teatro, Dança, Informática, Esporte e Cultura da Paz. Esta obra social possui o propósito de atender pessoas em situação de vulnerabilidade social, com educação básica em seus níveis infantis, fundamental e médio, serviços de convivência e fortalecimento de vínculos de crianças, adolescentes e idosos; iniciativas de inclusão produtiva de famílias de baixa renda e de defesa de direitos e acolhimento institucional de crianças vítimas de violência e idosos.

Que Santa Catarina de Sena e a Beata Savina Petrilli intercedam ao Senhor pelas Irmãs dos Pobres e por todas as pessoas que elas atendem em seus colégios e obras sociais. Amém!

Fontes:
Pascom de Itapetinga/ https://saviniane.org/pt/fundadora/
https://www.asbeas.com.br/congregacao/
https://conquistandovidasvtc.wordpress.com/lar-santa-catarina-de-sena/quem-somos/nossa-historia/
Imagens: https://saviniane.org/pt/fundadora/
https://www.asbeas.com.br/congregacao/

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