A primeira Capela de Adoração Perpétua da Arquidiocese que se encontra na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, sob os cuidados dos Religiosos Vocacionistas, é intitulada Senhor Bom Jesus dos Passos. Essa iniciativa, que funciona de forma contínua durante toda a semana, começou após o Congresso Eucarístico realizado na Paróquia, e nasceu da necessidade dos próprios leigos. A abrangência da Capela ultrapassou os limites paroquiais, tornando-se um ponto de encontro para fiéis de diversas comunidades do Vicariato.
Inicialmente, a ideia era manter a Adoração ao Santíssimo Sacramento por dois dias da semana, com um esquema de três pessoas por hora. No entanto, a procura espontânea e crescente dos fiéis fez com que os dias fossem gradualmente ampliados até alcançar a adoração perpétua, 24 horas por dia, sete dias por semana. Ademais, um aspecto distintivo da Capela é a dinâmica de adoração silenciosa, que proporciona um ambiente de respeito mútuo onde cada pessoa pode rezar à sua maneira.![]()
Diante da crescente adesão, um apelo humilde é feito para que a iniciativa continue prosperando: se faz necessário que as Paróquias divulguem a Capela e incentivem os fiéis a se inscreverem na escala de adoração, garantindo a continuidade da missão. Aqueles que dedicam seu tempo em oração poderão, também, interceder por toda a Igreja local e por suas missões.
Atualmente, a Capela Senhor dos Passos, a primeira construída após a Catedral, oferece Missas de segunda a sexta-feira: às 19h na segunda-feira e às 6h de terça a sexta-feira. O espaço permanece aberto para Padres e Diáconos que desejarem celebrar e participar com o povo.
O Arcebispo Metropolitano, Dom Vítor Agnaldo de Menezes, demonstrou grande entusiasmo pela existência da primeira Capela de Adoração. Além disso, o foco inicial é fortalecer o engajamento da Igreja local. Hoje, com uma média de 300 pessoas circulando diariamente entre os escalados e visitantes espontâneos, a Capela é verdadeiramente uma inspiração de Deus.
Conheça a origem histórica da Adoração Perpétua
De acordo com a Enciclopédia Católica, a adoração perpétua é uma expressão que se usa para designar a adoração sem interrupção do Santíssimo Sacramento ou com pausas curtas de tempo.
O termo é usado “no sentido moral, quando se interrompe somente por um curto espaço de tempo, ou por razões obrigatórias, ou por circunstâncias fora do controle, para ser retomada, no entanto, o mais rápido possível”, acrescentou.
A enciclopédia indica que muitos especialistas atribuem o início da adoração a Jesus Eucaristia ao momento em que a festa de Corpus Christi foi instituída em 1246, pelo Bispo Roberto de Thorete, e por sugestão de Santa Juliana de Mont Cornillon.
No entanto, a primeira adoração perpétua registrada foi em Avignon, em 1226.
Em 11 de setembro, o rei Luís VII pediu para expor o Santíssimo Sacramento como forma de celebrar a vitória sobre os albigenses, uma seita que floresceu no sul da França nos séculos 12 e 13.
“Em ação de graças, o Santíssimo Sacramento coberto com um véu foi exposto na Capela da Santa Cruz” em Orleans, destaca a enciclopédia.
Diante do grande número de pessoas que se aproximaram para adorar Jesus Eucaristia, Dom Pierre de Corbie “considerou conveniente continuar a adoração pela noite, assim como de dia”.
A Santa Sé posteriormente ratificou esta adoração perpétua, que se manteve de forma ininterrupta até 1792, quando foi interrompida pelo caos da Revolução Francesa, e foi retomada em 1829, graças aos esforços da “Confraria dos Penitentes-Cinza”.
A adoração perpétua espalhou-se pela Europa, e foi somente com a devoção das Quarenta Horas, oficialmente instituída em 1592, que esta prática da fé católica realmente “se desenvolveu em geral”.
A devoção das Quarenta Horas difundiu a Adoração Perpétua em “várias igrejas de Roma, até que gradualmente se espalhou por todo o mundo, de modo que se pode verdadeiramente dizer que, durante todas as horas do ano, o Santíssimo Sacramento, exposto solenemente, é adorado por multidões de fiéis”, acrescentou a enciclopédia.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Fonte: ACI Digital
A Adoração ao Santíssimo Sacramento
“Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o ‘nada da criatura’, que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que o seu Nome é Santo. A adoração do Deus único liberta o homem de se fechar sobre si próprio, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo”. (CIC 2097)
A oração pessoal diante do Santíssimo Sacramento consiste basicamente nisso: acompanhar o Senhor em seus últimos momentos com o coração, buscando assimilar o seu amor.
De qualquer modo, sentindo ou não, estejamos conscientes de que Ele está realmente lá, presente na hóstia consagrada.
Tenhamos no espírito que não estamos sozinhos diante do Santíssimo Sacramento: Ele está lá conosco.
A adoração do Santíssimo Sacramento não pede necessariamente uma oração falada. Ela pode dar-se de forma suficiente em um sentimento de amor profundo. Colocar-se diante do Senhor em adoração e dá-lo todo o seu amor, sentir todo amor que temos por Jesus e oferecê-Lo, de forma simples, sem buscar mais do que isso.