No último domingo (07), na Paróquia Nossa Senhora das Vitórias (Catedral), aconteceu a Celebração da Santa Missa em ação de Graças pela canonização dos novos santos da Igreja: São Carlo Acutis e São Pier Giorgio Frassati.
A Celebração Eucarística foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Vítor Agnaldo de Menezes contando com a assistência do Diác. Luciano Lima, Chanceler do Arcebispado.
O Arcebispo apresentou uma relíquia de São Carlo Acutis e convidou os fiéis, especialmente os jovens, a se aproximarem. Em sinal de gratidão a Deus, a juventude presente rezou com alegria diante da relíquia do santo.
Abaixo, conheça a história de São Carlo Acutis e São Pier Giorgio Frassati. Em seguida, registros da Celebração Eucarística:
A biografia de Carlo Acutis
Carlo Acutis é o primeiro santo da geração millennial. Ele nasceu em Londres (Reino Unido) em 3 de maio de 1991. Na época, seus pais, ambos originários da Itália, moravam em Londres, onde seu pai trabalhava. Carlo foi batizado duas semanas após seu nascimento.
Ao longo de sua vida, Carlo demonstrou profunda devoção à Eucaristia. Participava da Missa todos os dias e fazia uma “comunhão espiritual” nos dias em que estava ocupado com os estudos. Frequentemente realizava pequenos sacrifícios em reparação pela falta de amor demonstrada a Jesus na Eucaristia e contava histórias sobre isso aos seus amigos. Suas palavras, “A Eucaristia é minha auto-estrada para o céu”, tornaram-se famosas.
Carlo era um adolescente alegre e extrovertido, de bom coração. Não escondia sua fé e seu amor por Jesus. Estava sempre disposto a ajudar um colega necessitado e era amigo dos pobres de sua vizinhança, dando-lhes parte de sua mesada quando pediam ajuda. Ele costumava dizer: “Estar sempre perto de Jesus, esse é o meu projeto de vida”. Enquanto passava parte das férias de verão em Assis (Perúgia), adotou a espiritualidade franciscana de alegria, contemplação e respeito pela criação, busca pela paz e proximidade com os mais necessitados.
Em outubro de 2006, foi diagnosticado com uma forma agressiva de leucemia. Em poucos dias, sua saúde piorou. Ele ofereceu seu sofrimento ao Santo Padre, pelo bem da Igreja e pela esperança de ir para o céu. Após ser internado no Hospital San Gerardo, em Monza, recebeu o Sacramento da Unção dos Enfermos. Em 12 de outubro de 2006, aos 15 anos e 5 meses, Carlo faleceu.
Seu corpo foi sepultado inicialmente no túmulo da família em Ternengo (Biella) e, posteriormente, transferido para o cemitério de Assis. Há alguns anos, ele é conservado no Santuário do Despojamento, na mesma cidade de São Francisco, onde é exposto à veneração de um grande número de fiéis provenientes de todo o mundo.
Apenas cinco anos após a morte de Carlo, foi fundada em Milão a Associação “Amigos de Carlo Acutis”, com o objetivo de promover sua causa de beatificação e canonização. A investigação diocesana foi realizada em Milão entre 2013 e 2016 e, em 5 de julho de 2018, o Papa Francisco autorizou a então Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto declarando que Carlo havia praticado as virtudes cristãs em grau heroico.
Sucessivamente, o mesmo Papa reconheceu o primeiro milagre atribuído à intercessão de Carlo, ocorrido na Arquidiocese de Campo Grande (Brasil), em 2013. Isso possibilitou a celebração de sua beatificação em 10 de outubro de 2020, na Basílica Superior de São Francisco, em Assis.
Por fim, o Papa Francisco, ao aprovar um segundo milagre realizado por Deus por intercessão do Beato Carlo Acutis, ocorrido em Florença em 2022, abriu caminho para sua canonização.
Fonte: VaticanNews
A biografia de Pier Giorgio Frassati
Cem anos se passaram desde a morte do Beato Pier Giorgio FRASSATI, em 4 de julho de 1925. Ele nasceu em Turim em 6 de abril de 1901, em uma das famílias burguesas mais influentes da cidade.
Após receber sua educação inicial em casa, frequentou a escola pública Massimo D’Azeglio. Aos 10 anos, recebeu sua Primeira Comunhão, juntamente com sua irmã Luciana, na capela da Sociedade das Irmãs Auxiliadoras das Almas do Purgatório, e no verão seguinte se inscreveu na companhia dos Pequenos Rosarianti. Durante sua formação, passou vários anos no Instituto Social, administrado pelos jesuítas, onde ingressou no Apostolado da Oração e na Liga Eucarística. Sua profunda fé é alimentada pela Eucaristia diária, pela oração e pela confissão frequente.
Seu nome aparece entre os inscritos na Sociedade de São Vicente do Beato Cottolengo, que reunia alguns ex-alunos do Instituto Social. Alegre e extrovertido, ele exemplificou os valores da amizade e da proximidade com todos na comunidade universitária, sem medo de viver sua fé.
Durante os anos do fascismo, enfrentou dificuldades devido ao seu envolvimento em associações católicas e nas fileiras do Partido Popular, ao qual se filiou aos 19 anos.
Apaixonado por montanhismo desde a infância, manteve esse passatempo por toda a vida, filiando-se ao Club Alpino Italiano e à associação Giovane Montagna.
Junto com seus amigos, fundou a Società dei Tipi Loschi (Sociedade dos Personagens Sombrios, em tradução livre), onde momentos de diversão se transformavam em oportunidades para construir fraternidade e compartilhar a fé.
No final de junho de 1925, desenvolveu sintomas graves de poliomielite, que, em poucos dias, o levaram à perda de apetite e paralisia. Após receber os sacramentos, entrou em coma e faleceu. Uma grande multidão compareceu ao seu funeral e à sua despedida.
Anos mais tarde, iniciou-se o processo canônico para o reconhecimento de sua santidade, culminando em sua beatificação, presidida por São João Paulo II em 20 de maio de 1990, na Praça de São Pedro. No ano passado, o Papa Francisco reconheceu um milagre de cura nos Estados Unidos da América, atribuído à intercessão do Beato Pier Giorgio Frassati.
Diversos círculos da Ação Católica levam seu nome, mantendo viva sua memória e apresentando-o ativamente como modelo para seus membros, especialmente para os jovens.
Fonte: VaticanNews
Confira alguns registros da Santa Missa:











