Arquidiocese de
Vitória da Conquista

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Administrador Arquidiocesano participa de encontro dos Bispos do Regional Nordeste 3

Administrador Arquidiocesano participa de encontro dos Bispos do Regional Nordeste 3

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Entre os dias 04 e 06 do mês de novembro deste ano de 2024 aconteceu em Feira de Santana, a Assembleia do Conselho Episcopal Regional (Conser) do Regional Nordeste 3 da CNBB, reunindo os Bispos das Dioceses e Arquidioceses da Bahia e Sergipe. O Pe. Gerson de Jesus Bittencourt, Administrador da Arquidiocese de Vitória da Conquista, nesse período de Sede Vacante representou nossa Igreja Particular no Conser. Esteve presente também o Arcebispo Emérito de nossa Arquidiocese, Dom Luís Gonzaga Silva Pepeu. Os Padres e Bispos reunidos nesta assembleia do Conselho Regional (CONSER) ocorrida no Centro Arquidiocesano de Formação Dom Itamar Vian, da Arquidiocese de Feira de Santana, participaram de momentos de reflexão, partilha e planejamento das atividades pastorais para o ano jubilar de 2025.

Foto: CNBB NE3

Na manhã do dia 05/11, o Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, e o presidente do Regional Nordeste 3 e Bispo da Diocese de Camaçari, Dom Dirceu de Oliveira Medeiros, partilharam a experiência vivenciada durante a segunda sessão ordinária do Sínodo dos Bispos, ocorrida de 2 a 27 de outubro, em Roma. O Cardeal Dom Sergio da Rocha, destacou a importância do Método da Conversação no Espírito: “O tema do Sínodo foi muito tranquilo, sem muitos embates, muito sereno entre nós. Um dos motivos dessa serenidade foi o fato de o Papa ter separado 10 temas. Outro motivo foi que o Sínodo foi orante, com momentos de silêncio. Isso o Papa nos ensina sempre e nós devemos levar para as nossas dioceses: tempo de silêncio de três, cinco e dez minutos. Além disso, tivemos dois retiros, inclusive no dia de entregar o texto. O Papa nos ensina a pensar, a discernir questões mais ríspidas em um clima de silêncio. Isso é muito importante, cria um clima de serenidade”.

De acordo com Dom Sergio, diante do Sínodo no qual estavam os prelados, sacerdotes, religiosos e leigos de todo o mundo, era perceptível a diferença entre as realidades e as expectativas de cada grupo. “É uma diversidade de contextos socioculturais. O que se percebe desse Sínodo? Uma descentralização da Igreja da Europa para a África e a América Latina. O Sínodo teve que lidar com a pluralidade de contextos sociais, culturais e eclesiais, e aqui se fala dessa Igreja múltipla, multifacetada, mas limitada. Nesse sentido, envolve a comunhão e a vivência da comunhão. O Papa deu a liberdade de votar a todos os que estavam presentes, inclusive os leigos. Apenas os membros do Conselho do Sínodo não poderão votar no texto final”, disse.

 

 

Ao falar sobre a experiência durante o Sínodo, Dom Dirceu destacou o coração da sinodalidade, a conversão dialogal que deve promover a estima recíproca da Igreja, o discernimento eclesial, além da formação integral que abrange todo o povo de Deus. “O Sínodo é uma voz profética no mundo onde as pessoas perderam a capacidade de conversar. O Sínodo é um lugar profético! No mundo que está em conflitos e guerras, o Papa se reúne com os diferentes para colocá-los em diálogo: aqui está uma tarefa importante que é fazer crescer a autoestima e a dignidade batismal. O Papa não quer omitir as tensões, mas trabalhá-las na perspectiva espiritual”, disse.

O lugar geográfico também foi destacado. “Se fala do novo conceito de território, que não é geográfico, mas, sim, as redes de relações que nos desafiam a dar outras respostas e a criar vínculos, e aqui se insere o tema da pesca digital”, explicou Dom Dirceu.

“O texto do Sínodo desenvolve muito bem sobre a participação, a comunhão e a missão. É uma Igreja Sinodal que caminha unida, que leva as pessoas a participarem também do processo de decisão. Nós não podemos reduzir as temáticas do Sínodo a questões internas da Igreja. O meu desejo é que essa sinodalidade seja contemplada por nós na realidade que estamos vivendo. Nós temos que descer um pouco mais à missão. O espírito missionário tinha que ter percorrido mais o Sínodo. O que está aqui é muito importante, mas faltou, ao meu ver, uma abordagem mais missionária”, disse Dom Sergio sobre o documento.

Dom Sergio falou, ainda, da nova Encíclica do Papa Francisco sobre o amor humano do Coração de Jesus, documento publicado no período da sessão ordinária do Sínodo. “Ainda não se tem feito a relação entre a Encíclica que o Papa publicou e outras encíclicas. Ela fala do amor do Coração de Jesus e do amor humano. Não se consegue entender o documento do Sínodo se não tiver como fonte o amor do Coração de Jesus”, disse.

 

 

A vasta programação do Conser incluiu a abordagem de diversos temas. Além do assunto do Sínodo da Sinodalidade, os participantes da assembleia trataram sobre a caminhada das Novas Comunidades presentes no Regional Nordeste 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. “Essa vinda de vocês ao CONSER, já pela segunda vez, não deixa de ser um gesto sinodal. Queremos acolhê-los, dizer que a Igreja reconhece que é o Espírito de Deus que enche a Igreja de carismas. Vemos muitos sinais de sinodalidade, de abertura, de comunhão e louvamos a Deus por isso. Mas também percebemos que precisamos avançar muito em outras questões. Do ponto de vista canônico, por exemplo, precisamos avançar mais quanto ao reconhecimento. Precisamos entender melhor qual a natureza desta família religiosa, quem são as Novas Comunidades”, disse o presidente do Regional, Dom Dirceu de Oliveira Medeiros.

“Estejam sempre atentos ao que o Espírito vem falar para a Igreja. Acabou de sair agora o Documento do Sínodo. Sabemos o que é sinodalidade? O que o Papa pede? Como inserir o nosso trabalho a partir do que o Espírito pede à Igreja? Podemos trabalhar as obras de misericórdia nos lugares que precisam de esperança. Vocês são operários e operárias valiosos e valiosas na vinha do senhor, e nós precisamos caminhar juntos”, afirmou o vice-presidente do Regional e bispo da Diocese de Estância, Dom José Genivaldo Garcia.

Durante o Conselho Regional (CONSER), o bispo da Diocese de Ruy Barbosa e referencial para as campanhas no Regional Nordeste 3, Dom Estevam dos Santos Silva Filho, apresentou a proposta da Campanha da Fraternidade 2025, que terá como tema Fraternidade e Ecologia Integral. “O tema está muito bem elaborado. Acredito que é importante motivarmos as nossas dioceses e as nossas comunidades a estudarem esse tema, que convida a uma conversão ecológica, fortalecendo a responsabilidade para com a criação, fruto do amor de Deus. Incentivamos que haja uma parceria com a Pastoral da Comunicação (Pascom), para que preparam materiais e promovam ações para a Campanha”, disse.

 

Foto: CNBB NE3

A equipe de Subsídios também se encontrava em Feira de Santana para preparar e revisar o material da Campanha da Fraternidade produzido pelo Regional Nordeste 3, e que, em breve, será publicado e distribuído para todas as dioceses.

Com a transferência de Dom Josafá Menezes da Silva, para Arquidiocese de Aracaju (SE), no dia 25 de maio deste ano de 2024 vivemos um período de vacância. O Colégio de Consultores da Arquidiocese de Vitória da Conquista elegeu o Padre Gerson de Jesus Bittencourt para ser o Administrador Arquidiocesano. Desde então ele está coordenando a Arquidiocese interinamente durante esse período de Sede Vacante até que seja nomeado e empossado o novo Arcebispo Metropolitano de Vitória da Conquista.

O período de vacância constitui um tempo de esperança e principalmente de vigilância. Devemos unir nossa voz e nossas orações ao Senhor da Messe para que nos envie um novo pastor.
Embora não conheçamos o nome do futuro Arcebispo de Vitória da Conquista, temos certeza de que sua vocação e seu ministério já está gestado no coração de Deus.
Peçamos ao Senhor da Messe e Pastor do Rebanho que conceda a nossa Arquidiocese, um “Pastor com o cheiro das ovelhas”, que caminhe com o seu Clero e seu Povo, a serviço da Igreja e, de maneira especial, com os pobres e necessitados.

Rezemos intensamente pelo nosso novo Arcebispo em nossos seminários, comunidades, nos momentos de oração pessoal, nas adorações, reuniões e encontros.

 

Fonte: https://cnbbne3.org.br/equipes-de-campanhas-e-de-subsidios-concluem-materiais-sobre-a-cf-2025/
https://cnbbne3.org.br/caminhada-das-novas-comunidades-esteve-entre-os-temas-abordados-no-segundo-dia-do-conser/
https://cnbbne3.org.br/cardeal-dom-sergio-da-rocha-e-dom-dirceu-medeiros-destacaram-experiencia-vivenciada-na-2a-sessao-do-sinodo/

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