Programação do Novenário e Festa do co-padroeiro da Paróquia Nossa Senhora da Conceição e São Francisco de Assis
No próximo dia 25 de setembro, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição e São Francisco de Assis dará início ao seu Novenário em preparação para a Festa do glorioso São Francisco de Assis, co-padroeiro paroquial, que é celebrada no dia 4 de outubro. O Novenário ocorrerá no Distrito de Lindo Horizonte, Anagé – BA, e no dia da Festa a nova Paróquia celebrará também 1 ano de sua Ereção Canônica.
Confira a programação destes próximos dias na Paróquia e, logo abaixo, um pouco da história do Santo, Pai Seráfico.
Dia Festivo
Um jovem com grandes aspirações
Francisco nasceu em 5 de julho de 1182, na cidadezinha de Assis, região italiana da Úmbria. Recebeu o nome de Francisco, talvez por causa das origens francesas da família.
Pequeno de estatura, de caráter extrovertido, Francisco sempre nutriu no coração o desejo de realizar grandes empreendimentos; isto o induziu, com a idade de vinte anos, a partir, primeiro para a guerra entre Assis e Perugia e, depois, para a Cruzada. Filho de um rico mercante de tecidos, Pedro de Bernardone, e de uma mulher nobre provençal, Pica, nasceu em 1182 e cresceu entre a opulência da família e a vida mundana. Ao retorno da dura experiência bélica, doente e abalado, foi irreconhecível por todos. Alguma coisa, além da experiência no conflito, havia afetado profundamente a sua alma.
Conversão
Ele jamais havia se esquecido das palavras recebidas em sonho, em Espoleto: “Por que te inquietas em buscar o servo em vez do Senhor?”. A sua existência tomou um novo rumo, guiado pelo constante desejo de saber para que Deus o chamasse. Oração e contemplação, no silêncio dos campos da Úmbria, levaram-no a abraçar como irmãos os leprosos e os desprezados, contra os quais sempre sentia sempre aversão e repugnância.
A voz que ouviu em Espoleto voltou a ressoar no silêncio da oração diante de um crucifixo bizantino na igrejinha abandonada de São Damião: “Francisco, vai e restaura a minha Igreja, que como vês, está em ruína”. Aquela admoestação, antes entendida como convite a reconstruir pedra por pedra a ruína da capelinha, com os anos revelou ao jovem seu pleno significado. Ele era chamado a “coisas maiores”: “renovar”, em espírito de obediência, a Igreja que, na época, era investida por divisões e heresias.
O jovem indisciplinado, rico e vaidoso decidiu optar por uma vida pobre, humilde e santa, após ter tido a visão. Tocado pela presença divina, mudou de vida e começou a se dedicar aos necessitados, a ponto de oferecer seu manto a um leproso.
No entanto, recebeu outra visão na igrejinha da Porciúncula, onde ouviu uma voz que dizia: “Vai Francisco e reconstrói a minha Igreja que em ruínas”. Então, ele vendeu alguns bens do seu pai para reconstruir a igrejinha. Por isso, sendo acusado de dissipador da fortuna paterna, Francisco se despojou das suas vestes e as colocou aos pés do pai; assim, renunciou à sua herança e partiu nu para viver em plena pobreza.
Esposo da senhora Pobreza
A irreprimível alegria, brotada pelo sentir-se amado e chamado pelo Pai, aumentou no jovem o desejo de viver de Providência e, em prol do Evangelho, decidiu deixar seus bens aos pobres. Era irreparável a divergência criada com o pai, Pedro de Bernardone. Este o denunciou publicamente; então, o filho declarou seu íntimo desejo de casar com a senhora Pobreza, despojando-se das suas vestes diante do Bispo Guido.
Fundação da Ordem Franciscana
Francisco começou a sua nova vida como pedreiro, reconstruindo a igrejinha da Porciúncula, tocado por uma passagem evangélica de São Mateus.
Um dos seus principais seguidores foi a jovem rica, Clara, que colaborou com o Santo para fundar a Ordem das Clarissas.
Numerosos companheiros uniram-se a Francisco, que, como ele, queriam viver o Evangelho ao pé da letra, em pobreza, castidade e obediência. Em 1209, o primeiro núcleo de “frades” foi a Roma encontrar-se com o Papa Inocêncio III, que, impressionado por “aquele pequeno jovem de olhos ardentes”, aprovou a Regra, depois confirmada definitivamente, em 1223, por Honório III.
Com seus seguidores, Francisco dirigiu-se a Roma para obter autorização de instituir uma Ordem de pobreza absoluta, segundo a Regra primitiva, à semelhança de Jesus. Depois de muita insistência e insatisfação perante a riqueza dos católicos de Roma, a Ordem recebeu aprovação para atuar. Assim, voltou a Assis para cuidar dos leprosos.
São Francisco fez várias viagens missionárias e realizou muitos milagres. Em 1224, no Monte Alverna, São Francisco recebeu os estigmas de Cristo e em 3 de outubro de 1226, faleceu em Assis.
As Clarissas e a Ordem Terceira
Também Clara, uma nobre de Assis, foi atraída pelo carisma de Francisco. Ele a acolheu e deu início à segunda Ordem Franciscana “as pobres damas”, depois conhecidas como Clarissas. A seguir, fundou uma Terceira Ordem para os leigos.
Francisco, “Alter Christus”
O amor ardente por Cristo, expresso graciosamente com a representação do primeiro Presépio vivo, em Greccio, no Natal de 1223, levou o pobrezinho a conformar-se com Jesus e a receber, como primeiro santo da história, o sigilo dos estigmas. O “Jogral de Deus” foi testemunha da alegria da fé, aproximando do Evangelho também os não crentes e até capturando a atenção do Sultão, que o acolheu com honras na Terra Santa.
A vida de Francisco, Louvor ao Criador
A vida de Francisco foi um constante hino de louvor ao Criador. O “Cântico do Irmão Sol”, primeira obra-prima poética da literatura italiana, – escrita quando Francisco estava enfraquecido pela doença, – é expressão da liberdade de uma alma reconciliada com Deus, em Cristo. O Santo vai ao encontro de Jesus com alegria, quando a “irmã morte” o vem visitar: era a tarde de 3 de outubro de 1226.
O espírito de Assis, inspirador de fé e fraternidade
Francisco morreu, com 44 anos, no piso rude da Porciúncula, lugar onde recebeu o dom da “indulgência do Perdão”. Sua canonização ocorreu dois anos depois. O espírito de Francisco continua a inspirar muitos à obediência à Igreja, à promoção do diálogo entre todos, na verdade, na caridade e na tutela da Criação.
São Francisco é conhecido no mundo como padroeiro dos animais e do meio ambiente, por fazer pregações aos animais e às aves do céu. Diante destes seres vivos e da natureza, obras do Criador, entoou seu famoso canto às Criaturas e elevou a Deus sua oração:
Oração de São Francisco
«Senhor, fazei-me instrumento de vossa Paz!
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
É morrendo, que se vive para a vida eterna!».
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2018-10/sao-francisco-padroeiro-assis.html
https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/10/04/s–francisco-de-assis–fundador-da-ordem-franciscana–padroeiro-.html