Na tarde do dia 29 de Abril de 2023, foi celebrada a Santa Missa de Ordenação Presbiteral dos diáconos Samuel Farias Lomes e Lucas da Conceição Sousa, na Paróquia Nossa Senhora Rainha da Paz e São Vicente de Paulo.
Antes da Santa Missa, Dom Josafá Menezes da Silva, Arcebispo Metropolitano de Vitória da Conquista, apresentou o desejo dos diáconos de prestarem uma homenagem a Nossa Senhora das Vitórias, padroeira da Arquidiocese. Os três se encontravam juntos, no presbitério. O Metropolita, então, começa a rezar uma Ave-Maria e, em seguida, ao entoar do Hino a Nossa Senhora das Vitórias, começa-se a homenagem dos Diáconos com a entrada da imagem da Padroeira pela igreja em um belo andor, ornado com muitas flores. Em seguida, o Arcebispo inicia outra Ave-Maria e o grupo de canto entoa o “Salve Rainha”.
Ao término da canção, Dom Josafá conclui com a oração final do Ângelus. Por fim, eles saem do presbitério em direção à sacristia, a fim de se paramentarem e se prepararem para a Santa Missa.
Feito isso, em clima festivo, o grupo de canto deu início à “Marcha da Igreja”, canto tradicional em ordenações, e assim começou a procissão de entrada com toda Equipe de Celebração.


Desse modo, a Santa Missa teve seu curso normalmente: as leituras e o salmo foram proferidos e o Evangelho proclamado pelo Diácono José Dias.
Terminada a Liturgia da Palavra, o Pe. Alessandro Alves Cardoso, Reitor da Comunidade de Teologia Nossa Senhora das Vitórias, convidou os diáconos para se apresentarem ao Ordenante. Em um breve diálogo, Dom Josafá interrogou se o candidato era digno do Ministério.
“Após ter averiguado junto ao povo de Deus e ouvido os responsáveis, com convicção declara ser testemunha de que estes candidatos foram considerados dignos.” – Disse, o Pe. Alessandro.
Tendo esta resposta, o Arcebispo diz: “Com o auxílio de Deus e de Jesus Cristo, nosso Salvador, escolhemos este nosso irmão para a Ordem do Presbiterado”. E todos os presentes disseram: “Graças a Deus”.
Dom Josafá, na sua Homilia, ressaltou a importância da formação permanente dos presbíteros, uma vez que a formação presbiteral não está limitada ao seminário somente. Por isso é chegada a hora de escutar o Povo de Deus e aprender também com ele. Além disso, destacou que toda missão do padre é fruto do Espírito Santo.
Após a homilia, os eleitos, de pé, responderam positivamente às seguintes interrogações feitas pelo Arcebispo:
– Quereis, pois, desempenhar sempre a missão de sacerdote no grau de presbítero, como fiel colaborador da Ordem episcopal, apascentando o rebanho do Senhor, sob a direção do Espírito Santo?
– Quereis, com dignidade e sabedoria, desempenhar o ministério da palavra, proclamando o Evangelho e ensinando a fé católica?
– Quereis celebrar com devoção e fidelidade os ministérios de Cristo, sobretudo pelo sacrifício eucarístico e o sacramento da reconciliação, para o louvor de Deus e santificação do povo cristão, segundo a tradição da Igreja?
– Quereis implorar conosco a misericórdia de Deus em favor do povo a ti confiado, sendo fielmente assíduo ao dever da oração?
– Quereis unir-te cada vez mais ao Cristo, sumo Sacerdote, que se entregou ao Pai por nós, e ser com ele consagrado a Deus para salvação da humanidade?
Os ordenandos, afirmaram publicamente o propósito de aceitar esses ofícios. Em seguida, ajoelhando-se, puseram suas mãos postas entre as do Arcebispo, e esse interrogou a cada um individualmente: “Prometes respeito e obediência ao Bispo diocesano e ao teu legítimo superior?”; e ambos responderam: “Prometo”. Sendo assim, o bispo concluiu dizendo: “Deus, que te inspirou este bom propósito, te conduza sempre mais à perfeição”.
Dom Josafá, então, convidou todo o povo a rogar a Deus Pai que derramasse com largueza a sua graça sobre estes seus servos, que Ele escolheu para o cargo de presbíteros. Os eleitos deitaram-se, como sinal de sua total entrega a Deus.


Terminada a ladainha, o Metropolita, de mãos estendidas rezou:
“Ouvi-nos, Senhor, nosso Deus, e derramai sobre este vosso servo a bênção do Espírito Santo e a força da graça sacerdotal, a fim de que acompanheis com a riqueza de vossos dons o que apresentamos à vossa solicitude para ser consagrado. Por Cristo, nosso Senhor”.
No silêncio do coração, Dom Josafá e todos os presbíteros presentes pediram a Deus pelos ordenandos. Esses, estando de joelhos, em silêncio, receberam a imposição das mãos do Arcebispo sobre sua cabeça, seguida pelos presbíteros.
Depois de longo silêncio, o Ordenante rezou a oração da ordenação, na qual são citadas as principais tarefas do sacerdote. Nessa oração é lembrada a relação dos setenta mais velhos com Moisés. O sacerdote é descrito principalmente como colaborador do Bispo, instrutor da fé e divulgador da palavra de Deus. O pedido mais importante é colocado pelo bispo nas palavras: “Dê a seus servidores a virtude sacerdotal. Renove neles o espírito de santidade. Faça, ó Deus, com que eles se atenham ao ofício que receberam da sua mão; que a vida deles seja para todos estímulo e fio condutor. Abençoe, santifique e ordene os servidores pelo Senhor”.
A oração reflete o espírito da Primeira Carta de Timóteo. Nela é dito que o encarregado do ministério deve manter o bem que lhe foi confiado, deve passar adiante fielmente o tesouro que recebeu na mensagem de Jesus, nosso Salvador. Já naquela época, o autor da Carta de Timóteo precisava exortar os encarregados pelos ministérios a viver de acordo com seu serviço. Aquele que é ordenado sacerdote reflete algo sagrado que oferece aos outros.


A última parte do Rito de Ordenação apresentou a Simbologia do Ministério Presbiteral. Os Diáconos foram revestidos com as vestes sacerdotais e tiveram suas mãos ungidas com o óleo da Crisma, ouvindo por imperativo: “Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem o Pai ungiu com o Espírito Santo, e revestiu de poder, te guarde para a santificação do povo fiel e para oferecer a Deus o santo Sacrifício”.
Logo em seguida, suas mãos foram amarradas, e sendo desamarradas pelos seus pais, que foram os primeiros a receberem sua bênção sacerdotal.

Em seguida, foram apresentados o pão na patena, o vinho e a água no cálice, para a celebração da Missa, e Dom Josafá disse: “Recebe a oferenda do povo para apresentá-la a Deus. Toma consciência do que vais fazer e põe em prática o que vais celebrar, conformando tua vida ao mistério da cruz do Senhor”.
Por fim, como sinal alegre de acolhimento aos neossacerdotes, o Arcebispo e o presbitério presente o saudaram.
Seguiu-se, então, a liturgia eucarística, onde os ordenados exercem, pela primeira vez, o seu ministério, concelebrando-a com o Bispo e os outros membros do presbitério.
Após a Santa Comunhão, o Pe. Rafael, Chanceler da Cúria, leu a Ata de Ordenação dos Padres Lucas e Samuel, bem como a Provisão de nomeação de ambos: Pe. Lucas está provisionado como Vigário paroquial de Encruzilhada (Paróquia Nossa Senhora de Lourdes) e Ribeirão do Largo (Paróquia São João Batista) e o Pe. Samuel como Vigário Paroquial de Itapetinga, na Paróquia Nossa Senhor das Graças.
No fim da celebração, Dom Josafá estendeu suas mãos sobre os Neo-Presbíteros e sobre o Povo de Deus a fim de abençoá-los com a Bênção final.
Louvemos a Deus pela vida e vocação destes irmãos, que agora são sacerdotes eternamente e, ainda, roguemos para que Deus envie santas e fieis vocações à sua Igreja.






