Arquidiocese de
Vitória da Conquista

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Mensagem sobre a proximidade das Eleições 2022

Mensagem sobre a proximidade das Eleições 2022

Testde de legenda

Prezados irmãos e irmãs em Cristo,

Ao chegarmos à reta final da Campanha Eleitoral 2022, recordamos o nosso papel de cristãos e cidadãos na responsável e indispensável participação no processo eleitoral.

Concluindo a propaganda eleitoral no rádio, na televisão, nas redes sociais e nos outros meios de comunicação; por tudo aquilo que ouviram e viram dos candidatos e das candidatas, os eleitores estão em condições de fazer a sua escolha, e, é justo que a palavra lhe seja dada para que cumpra o seu dever cidadão.

Reafirmamos que as eleições são ocasião para o exercício da democracia que requer dos candidatos propostas e projetos que apontem para a construção de uma sociedade em que reinem a justiça e a paz social. Cabe à população julgar, na liberdade de sua consciência, o projeto que melhor responda aos princípios do bem comum, à dignidade da pessoa humana, ao respeito as instituições do Estado democrático de direito e a observância da Constituição Federal.

Aos eleitores/as lembramos o dever de comparecimento às sessões eleitorais para o cumprimento de um dever que contribui para promoção do bem social: “Para se tornar possível o desenvolvimento duma comunidade mundial capaz de realizar a fraternidade a partir de povos e nações que vivam a amizade social, é necessária a política melhor, a política colocada ao serviço do verdadeiro bem comum.” (Fratelli Tutti 154).

Como está acontecendo em outras partes do Brasil, as autoridades constituídas mantenham alta a vigilância para garantir a pureza do voto e a incolumidade física dos eleitores, dos candidatos e do povo em geral. Vivemos uma das campanhas eleitorais onde os ânimos estão por demais exaltados, resultando em várias cenas de violência. “Hoje, ou se aposta no diálogo, na cultura do encontro, ou todos perdemos. Todos perdemos… Passa por aqui o caminho fecundo” (Papa Francisco, Discurso à classe dirigente do Brasil, 27.7.2013).

Como temos feito em toda esta campanha eleitoral, continuaremos a manter uma postura coerente com as disposições da Doutrina Social e com as regras da Justiça Eleitoral do Brasil. Reafirmamos o nosso dever de conscientizar os eleitores e os lideres das nossas comunidades para que não permitam que os nossos templos espalhados pelo imenso território dos 20 municípios não desviem de suas funções e não contribuam para a propaganda eleitoral ilícita de qualquer candidato, mesmo daqueles  que são  mais  próximos  do nosso  horizonte  de valores e de nossas opções sociais. A manipulação política da religião não é um benefício para o convívio democrático e contribui com a harmonia social e democrática.

Quem souber de algum ilícito pode comunicar às autoridades competentes. Que vencedores e vencidos saibam aceitar a vontade expressa no voto soberano do povo, tenham a sabedoria para interpretar o significado do voto e possam assumir com responsabilidade os desafios do Brasil, de modo especial, a atenção com os mais pobres.

“Exortamos a que se deponham armas de ódio e de vingança que têm gerado um clima de violência, estimulado por notícias falsas, discursos e posturas radicais, que colocam em risco as bases democráticas da sociedade brasileira. Toda atitude que incita a divisão, a discriminação, a intolerância e a violência, deve  ser  superada.  Revistamo-nos,  portanto, do amor e da reconciliação, e trilhemos o caminho da paz!” (cf. Nota da CNBB 2018).

Trabalhar por eleições cidadãs é dever das autoridades eleitorais, mas também de toda a sociedade civil, especialmente das entidades e organizações que têm responsabilidade com a construção de uma sociedade justa, solidária e fraterna.

Dom Josafá Menezes da Silva
Arcebispo Metropolitano de Vitória da Conquista

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