O Papa Francisco nomeou nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, dom Vítor Agnaldo de Menezes, com novo arcebispo da arquidiocese de Vitória da Conquista (BA), transferindo-o da diocese de Propriá (SE). A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou saudação.

Saudação a Dom Vítor Agnaldo de Menezes

Estimado irmão, Dom Vítor Agnaldo de Menezes,

Foi com alegria e satisfação que recebemos a notícia de sua nomeação para o ofício de arcebispo da arquidiocese de Vitória da Conquista, na Bahia.

Que neste tempo de vivência da espiritualidade proposta pelo Ano Jubilar,  possa  o irmão ser portador da “esperança que realiza as promessas, introduz na glória e não desilude porque está fundada no amor,  a esperança que não engana. (Rm 5, 5)”

Que Nossa Senhora das Vitórias, padroeira de Vitória da Conquista, o conduza neste novo momento de seu ministério.

Em Cristo,

Cardeal Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Presidente da CNBB

Dom João Justino de Medeiros da Silva
Arcebispo de Goiânia (GO)
1º Vice- Presidente da CNBB

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo de Olinda e Recife (PE)
2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Ricardo Hoepers
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília (DF)
Secretário-Geral da CNBB

Biografia e trajetória eclesial

Dom Vítor Agnaldo de Menezes nasceu em 15 de junho de 1968 na fazenda Cipó, no município de Curaçá (BA). Foi ordenado sacerdote em 18 de abril de 1998, na diocese de Jequié (BA), e bispo no dia 6 de janeiro de 2017.

Estudou Filosofia no Institutum Sapientiae, em Anápolis (GO) e Teologia na Universidade Católica de Salvador (BA). Possui especialização em Espiritualidade Sacerdotal e Missionária, pelo Centro Internacional de Animação Missionária (CIAM), de Roma.

De 1998 a 2000, foi pároco na paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Jequié (BA); em 1998, na paróquia São Roque, em Lafaiete Coutinho (BA); Em 1999, reitor do seminário propedêutico dom Helder Câmara em Jequié; No mesmo ano, exerceu a função de diretor espiritual do seminário maior diocesano João Paulo II, sediado em Ilhéus (BA);

De 2000 a 2005, foi reitor do seminário maior diocesano João Paulo II; De 2006 a 2010, exerceu a função de Diretor Nacional da Pontifícia Obra de Propagação da Fé, em Brasília (DF).

Foi pároco da paróquia catedral de Santo Antônio em Jequié, de 2011 a 2016; Da paróquia Nossa Senhora das Graças em Maracás (BA), de 2016 a 2017.

Na diocese de Jequié exerceu ainda a funções de Coordenador Diocesano de Pastoral; Representante do Clero; Membro do Conselho Presbiteral; Membro do Colégio de Consultores; Coordenador Diocesano do Conselho Missionário Diocesano (COMIDI).

No Regional Nordeste (NE) 3 da CNBB exerceu a função de Diretor Regional da Pontifícia Obra da Infância Missionária; Coordenador do Conselho Missionário Regional (COMIRE) e Secretário-Geral da CNBB NE3 (2018 – 2023).

Foi administrador apostólico da arquidiocese de Aracaju (SE) de 19 de julho de 2023 a 25 maio de 2024. É bispo diocesano de Propriá desde 2018.

Fonte: CNBB

Fonte: CNBB NE3

Mensagem do novo Arcebispo ao Povo de Deus da Arquidiocese

Vitor Agnaldo de Menezes
Por mercê de Deus e da Sé Apostólica
Arcebispo eleito de Vitória da Conquista

“Cor Dilatandum Ad Servitium”
(com o coração dilatado para o serviço)

Caríssimos irmãos e irmãs da Arquidiocese de Vitória da Conquista, “A vós, graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (1 Cor 1,3). Na manhã de hoje, tornou-se pública a decisão do Santo Padre, o Papa Francisco, da nomeação deste “humilde servo na vinha do Senhor” para Arcebispo da Arquidiocese de Vitória da Conquista. Deus escolhe o que é fraco para mostrar a força da sua graça e a grandeza da sua misericórdia (cf. 1 Cor 1,27-29). “Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir com instrumentos insuficientes” (Bento XVI).

“Ó homem, quem és tu para contestares a Deus?” (Rm 9, 20a) Reconhecer a ação de Deus e aceitar a sua vontade, em qualquer que seja a situação, é um grande desafio. Embora não compreenda os motivos, apesar da minha pequenez e insignificância, mais uma vez, Ele me olhou com misericórdia, me escolheu e me envia para uma grande missão. Mesmo sem entender, sem prever, com o sofrer de ter que deixar prematuramente a amada Diocese de Propriá, em obediência a sua Palavra, eu respondi: “Eis-me aqui, envia-me”! (Cf. Is 6,8). Como acontecerá isso? Não tenho certezas, apenas me lanço, “acolho o mistério de Deus na noite”.

Missão é partir (“estradar”)! Como um pequeno Abraão, devo partir com o coração dilatado para servir a outro povo em uma nova terra, encorajado não pelas minhas capacidades humanas, mas pela certeza de que Aquele que me chamou é fiel e caminhará lado a lado comigo (cf.1 Tss 5,24). A minha realidade de pequeno Abraão é diferente daquela enfrentada pelo nosso Pai na fé, que, em obediência ao chamado de Deus, partiu para uma terra desconhecida (cf. Gn 2,1 3). Ao contrário de Abraão, estou sendo enviado para uma terra que já conheço e de que gosto. Antes de ser nomeado bispo da Diocese de Propriá, eu pertencia ao clero da Diocese de Jequié, uma das Dioceses que formam a Província Eclesiástica de Vitória da Conquista. Tive a graça de conhecer e conviver com os três últimos arcebispos: Dom Geraldo Lirio Rocha, Dom Luiz Gonzaga Pepeu, um dos três bispos ordenantes principais na minha ordenação episcopal, e Dom Josafá da Silva Menezes, meu predecessor, a quem tive a honra de acolher na Arquidiocese de Aracaju, quando eu era Administrador Apostólico. Voltando um pouco no tempo, encontrei mais duas coincidências: recebi o Sacramento da crisma do primeiro bispo de Vitória da Conquista, Dom Jackson Berenguer Prado, e fui um dos sucessores de Dom Climério Andrade na Paróquia de Santo Antônio de Jequié.

“Eis que estou à porta e bato…” (Ap. 3,20). Irei até vocês como “peregrino de esperança” para esperançar, para somar, para trilharmos juntos os caminhos da missão de modo sinodal, em comunhão e participação. Sem proibições nem medos, convido-os a anunciar Deus, no hoje da história, como Boa Notícia, com a alegria de Jesus. Que ninguém entre nós, ninguém, se deixe tomar pelo medo do futuro, nem se atreva a semear o medo e a proibição no intuito de paralisar os novos caminhos (cf. EG 33). Coragem, não tenham medo, somos todos irmãos (as) (cf. Mt 23,8).
A minha saudação fraterna ao Padre Gerson de Jesus Bittencourt, Administrador Arquidiocesano, e ao meu venerável irmão, Dom Luiz Gonzaga Pepeu, nosso Arcebispo Emérito e benemérito.

Saúdo também os presbíteros, os diáconos, os seminaristas, os consagrados e consagradas, os fiéis leigos e leigas, as autoridades constituídas e a todo homem e mulher de boa vontade que reside no território da Arquidiocese. Por fim, gostaria de expressar a minha profunda gratidão ao Santo Padre, o Papa Francisco, pela confiança depositada em mim, chamando-me para esta
importante e delicada tarefa.

Confiemos nossa Arquidiocese à intercessão materna de Nossa Senhora das Vitórias. Que ela nos ajude a sermos servos bons e fiéis no serviço do
Evangelho.

“O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça; o Senhor volte para ti o seu rosto e te dê paz” (Números 6, 24-26).

Rezem por mim!

Propriá, 14 de fevereiro de 2025
+ Vítor, Arcebispo eleito de Vitória da Conquista