Dom Josafá Menezes da Silva

02/01/1959
14/05/1989
10/03/2005

BIOGRAFIA E HISTÓRICO

Foi bispo auxiliar de Salvador, bispo diocesano de Barreiras e é o arcebispo de Vitória da Conquista . Nasceu em Salinas da Margarida (BA), em 2 de janeiro de 1959.

Foi ordenado presbítero em Salvador dia 14 de maio de 1989. É formado em teologia na Universidade Católica do Salvador, fez especialização em filosofia  na Universidade Gregoriana de Roma, licenciatura em teologia na Pontifícia Universidade Lateranense, também em Roma, em 1999, e o doutorado em antropologia teológica nessa mesma universidade, finalizado em 2001.

Foi reitor do Seminário Central São João Maria Vianey, na Arquidiocese de São Salvador da Bahia. Em 12 de janeiro de 2005, foi nomeado bispo auxiliar da Sé Primacial do Brasil pelo papa João Paulo II e sagrado bispo, logo em 10 de março, pelo cardeal arcebispo Dom Geraldo Majella Agnelo.

Já assumiu vários ministérios, entre eles estão:

  • Pároco da Paróquia São João Batista, em Vila América, Salvador (1990-1996);
  • Vice-reitor do Seminário Propedêutico Santa Terezinha de Lisieux (1990-1996);
  • Vigário Forâneo da Forania Rio Vermelho e Federação (1992-1996);
  • Ecônomo Adjunto da Arquidiocese de Salvador BA (1995-1996);
  • Foi professor no Instituto Social da Bahia e no Instituto de Teologia da UCSal (1989-1995);
  • Professor do curso de teologia da UCSal, Salvador (2002–);
  • Professor do programa de pós-graduação em Ciências da Família da UCSal (2002-);
  • Professor do programa Lato Sensu no Centro de Cultura e Formação Cristã, em Belém do Pará (2003);
  • Sua última função antes de ascender ao episcopado foi reitor do seminário Propedêutico Santa Terezinha do Menino Jesus e responsável pela Comissão Teológica da Arquidiocese de Salvador.

BRASÃO

Descrição Heráldica

Escudo de azul, mantelado em ponta de vermelho. Em chefe, um sol radiante acompanhado à destra pelas iniciais gregas MP e à sinistra pelas iniciais gregas OY, tudo de ouro. Em abismo uma Bíblia Sagrada, aberta do mesmo, encapada de prata, carregada das letras gregas Alfa e Ômega, de negro. No campo de vermelho, um Agnus Dei de prata, segurando com a pata dianteira sinistra um cajado de pastor, de ouro. O chefe do mantelado é brocante sobre a Bíblia. Chapéu prelatício, forrado de vermelho, com seus cordões em cada flanco, terminados em dez borlas cada, postas 1-2-3-4, tudo de verde. Pálio de prata, com a ponta de negro, carregado por quatro cruzetas do mesmo. O todo é brocante sobre uma cruz processional, ou arquiepiscopal, de ouro, de duas travessas. Legenda, sem listel, em latim: “Praedica Verbum”, de negro.

Descrição Simbólica

As letras gregas MP e OY são as iniciais de “Mãe de Deus”. Juntamente com a cor azul do escudo, lembram que Dom Josafá nasceu em uma Paróquia Mariana e é devoto de Nossa Senhora. O sol, entre as letras gregas, simboliza Jesus, a luz que Deus faz brilhar sobre um mundo tenebroso. Dom Josafá recebeu sua nomeação na noite do Natal e, segundo ele, “a luz e a vida do Evangelho, pela ação da Igreja e do meu ministério, deve iluminar os meus contemporâneos. É a responsabilidade que dá o Santo Padre”. A Bíblia é um símbolo que faz sintonia com o lema de Dom Josafá – Praedica Verbum (Pregar a Palavra), extraído de 2Tm 4,2. O cordeiro representa Cristo oferecido por nós. Ele nos deu o seu precioso sangue (expresso no vermelho do escudo) pelo perdão de nossos pecados. “O pastor conduz o rebanho… O pastor carrega na mão uma vara para golpear, ou melhor, para conduzir e reunir as ovelhas… O pastor carrega também um bastão para ferir o lobo. A vara para as ovelhas e o bastão para o lobo… corrigir os submissos e obedientes com delicadeza, aos rebeldes e insolentes de coração deve repreendê-los com mais energia e, se necessário, feri-los… E finalmente, o bom pastor leva o pão no fardel, isto é, a palavra de Deus em sua memória” (BERNARDO, Sermones vários, Obras Completas, 477). O chapéu de verde com os cordões e borlas e também a cruz arquiepiscopal são elementos que, segundo as regras heráldicas, fazem parte de um brasão eclesiástico. Mas, para Dom Josafá, o chapéu simboliza ainda um sinal de pescador, que recorda a vida do Mar da Galileia e também a sua infância, na sua terra natal. Todos estes símbolos reforçam que no centro do seu ministério, está a preocupação com a missão da Igreja no mundo de hoje, marcado pela globalização, pela cultura urbana. Ciente de que a Igreja não vive mais nas condições de cristandade, mas deve fazer com que o nome de Cristo seja conhecido para a salvação do mundo.

Arte e descrições heráldica e simbólica (com a contribuição de Dom Josafá):

José Valmeci de Souza (Atta), Palhoça, SC, Outubro de 2019.